domingo, 16 de dezembro de 2012

Apontamentos da Reunião do dia 15/12

Anotações por Eduarda Bonora

- Ficou "definido"/sugerido que as reuniões do cecs sejam segunda, que segunda seja o dia que terá cerveja no CECS e/ou festa
- Reuniões mensais para formação, organização mais "longa"
- Já pensar na solicitação dos ônibus da ufrgs para erecs e enecs (posso confirmar as datas)
- Solicitar a prestação de contas da gestão anterior; ver se Raphael Garcia e Gabriela Freitas querem se somar ao trabalho da tesouraria.
- Fazer a solicitação do bolsistas, sendo um dos pré-requisitos ser ingresso pelas ações afirmativas (tento escrever isso até amanhã para alguem conversar com a direção do ifch o quanto antes)
- Terminar apresentação do DA ao instituto, e uma menos formal aos DAs
- Começar a ver a questão das mochilas-camisetas (onde faremos, por exemplo)
- Começar a ver a questão do TRI (quem ficará responsável, como faremos) - é essencial que no mínimo uma dupla ou trio se responsabilize, pois atrasos nesse setor é proporcional a gastos pelos colegas
- Ver local de Vestibular para montar banquinha; Organizar atividade de recepção com guia do bixo; Organizar apresentação no início do ano + trote.
- Posse + reunião aberta de transição + feira de trocas = 21/12 (http://www.facebook.com/events/237648419696324/?ref=ts&fref=ts a festa do cv termina dia 21..., mas também podemos marcar para 20, para ter mais gente)
- Convidar os colegas a doar o que não querem mais no cecs (sofás, fogão, geladeira, som....)
- Fazer o Congresso do curso no fim de março. Opções de lugar: Aplicação e Estação Agronômica (Cris e eu nos dispomos por enquanto a construção)
- Organizar plantação de árvore, jardim e horta (apoio DAIB)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

2º Debate CECS

Aconteceu hoje, dia 10/12/2012, o segundo e último debate entre as chapas que disputam o CECS. Confira algumas fotos.






































Sobre o Coletivo de Estudantes

Créditos das Fotos: Prix Rodrigues
O que foi o Coletivo de Estudantes? Seria uma autogestão? Seria uma conspiração? Seria uma seita? Uma criação imaginária coletiva? Pois bem, nessa postagem quero escrever um pouco sobre isso.

Antes de tudo quero compartilhar algumas coisas que ajudarão a explicar essa "fase" do curso tão reivindicada para os mais diversos lados.

Primeiramente, as interpretações que farei desse período são embasadas nas informações compartilhadas na lista de e-mail que era nosso ambiente de diálogo direto (antes do boom do Facebook, a lista era muito eficiente): br.groups.yahoo.com/group/e-cecs/ e o blog CECS Virtual (principal canal de divulgação de informações e atividades).

Juntamente com esses links compartilho 2 arquivos: 1) Apresentação do CECS de 2010 e 2) Balanço do Coletivo de Estudantes



Balanco Coletivo from Eduarda Bonora Kern

A leitura desses documentos podem possibilitar o entendimento sobre o que foi o período, e quem sabe esclarecer alguns boatos que vão sendo criados, na medida que a história do movimento estudantil vira também história oral para os colegas mais novos por falta de sistematização (ou conhecimento desses acúmulos), logo podem ser tensionados para o lado que se quer, sem muitas comprovações de onde o discurso está embasado.

Então, como essas fontes expostas podemos constatar:

  • Em nenhum momento o Coletivo se reivindicou como autogestão. Éramos um grupo de estudantes novos e sem experiência no movimento estudantil, em sua maioria, que queriam fazer o movimento do curso de maneira que respondesse nossas angústias e demandas, tentando evitar conflitos entre 2 grandes pólos genéricos de posicionamento político do curso "partidões" e "anarcos", ou seja, queríamos simplesmente articular horizontalidade com uma atuação mais "representativa" (no sentido de estar em contato com as instâncias da universidade) e organização dos estudantes do curso. Se as pessoas que se envolveram durante esse processo a denominam autogestão, é uma conclusão a posteriori. 
  • Houve intensa participação e socialização das informações da reforma do currículo de 2008. Antes da reforma, houve uma possibilidade de separação da Antropologia, Sociologia e Política em cursos diferentes, tal fato mobilizou muitos estudantes a se organizar, e dessa organização foi muito do motor do surgimento do Coletivo, o que obviamente se tornou uma questão muito importante para o grupo, é possível encontrar no e-cecs os relatos de todos que participaram das conversas e negociações com a Comgrad e Departamentos (ordem de cadeiras, mudança do perfil, inclusão de eletivas...). Vale lembrar também que antes de termos consolidado o Coletivo e o espaço do e-cecs, houve inclusive uma lista de trocas com os professores: reformacs-l@grupos.ufrgs.br
  • "É necessário representantes para quem não pode participar saber quem se dirigir". Durante o Coletivo, não existiam "os representantes", por mais que pessoas se envolvessem, pois a intenção é que todos pudessem se envolver. Mesmo quem não podia se envolver devido a rotina da trabalho, família e estudos, tinha acesso a todas informações necessárias para saber o que estava rolando no curso e quem estava fazendo o que para caso quisesse contribuir com opiniões e sugestões, havia espaço virtual para participação e sempre que possível espaços presenciais de trocas. Os problemas que ocorreram muitas vezes, não eram por falta de representante, e sim falta de costume de se responsabilizar e cobrar quem se responsabilizou. 
  • "Em 2010 encontramos o curso paralisado". A paralisia que dizem não é de toda de responsabilidade do Coletivo. Fizemos atividades no Vestibular, matrícula, recepção, apresentação do CECS aos bixos e a melhor participação (em termos qualitativos) do curso no ERECS Londrina, tudo em 2010. Porém, esse foi o ano que nos desarticulamos, algo relativamente comum nos movimentos políticos, por causa da falta de participação dos mais novos da época, auxiliando a desmotivação de quem estava se envolvendo no processo. Portanto, a insatisfação de muitos frente a falta de um DA formal provocou a discussão do Estatuto e o processo eleitoral de 2010. 
O Coletivo de Estudantes foi a resposta dada a um período no curso, a partir da conjuntura do momento. Em 2010, sente-se a necessidade de eleições e ter um DA como manda o script na intenção de que esse formato respondesse aos problemas que houveram enquanto coletivo (analisados e refletidos no Balanço). Talvez estejamos vivendo o momento de resposta a esse período de 2 anos de gestão, com a reivindicação do debate e prática mais consciente de autogestão no/para o DA. Apenas a continuidade das reflexões e análises de nossas práticas políticas no curso auxiliarão a compreender como podemos realmente acumular e avançar no nosso movimento estudantil. Do contrário, reproduziremos facilmente os discursos que são repassados a cada ano, repetindo muitas vezes discussões viciadas sem aprofundar o debate sobre o que precisamos ter e fazer para ter um D.A que se adeque as especificidades e necessidades dos estudantes de ciências sociais, a partir dessa posição, campo de atuação e conhecimento.


Coletivizando a segunda-feira!

Nossa segunda está bastante agitada, muitas atividades e espaços para trocar ideias com a chapa:

Começamos com nossa Feira de Trocas às 17h no corredor do Prédio Novo (pertinho do local do debate), por que o que queremos enquanto (auto) gestão, também é o que fazemos durante a campanha. Meta a mão na massa, traga um bolo, um suco, um pastel e vamos conhecer o que cada um pode fazer para trocarmos entre si não só na Feira, como em outros momentos. Por vários dias sem Antônio!


Na sequência, seguimos para o 2º debate, às 17h30, na sala 102 do Prédio Novo, mais um momento para compreender o que cada chapa entende e defende para o C.A.

E para finalizar, um festão para pegar o último ônibus! muita alegria, trocas, músicas, e claro autogestão! Leve sua caneca, instrumento e ideias, vamos celebrar!



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

1º Debate CECS!

O primeiro debate entre as chapas que concorrem a CECS 2013 aconteceu nesta quarta-feira, 5 de dezembro. A sala 102, do prédio novo, ficou recheada de estudantes que puderam conhecer mais e melhor as duas chapas. Conseguimos filmar alguns momentos do debate e os disponibilizamos aqui. Confira, compartilhe e comente!










Conversa sobre Autogestão

Hoje a partir das 17h no Jardim Circular vamos estudar juntxs a Autogestão e conhecer o surgimento desta ideia, aonde a autogestão esteve na história, quais movimentos tem referências e praticam até hoje este modelo organizativo ... para nos ajudar na reflexão estarão presentes o professor Antônio Cattani e o professor Paulo Marques. Sem medo, é só chegar !;)


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Leia e entenda: eleições não é sob constante ameaça


Convidamos os colegas a lerem algumas postagem que explicam quem somos, o que queremos, nossas ideias e propostas.

Por isso retomamos alguns dos textos publicados para que em um curso de Ciências Sociais os colegas não decidam seu voto por qualquer discurso sem ao menos analisar o que cada chapa se propõe. Façam isso com as duas chapas e façam um voto a partir dessa análise.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Campanha em vários ritmos...



Nota de posicionamento frente às eleições do CECS...

...ou Chapa 2: Por que diabos entrei nessa 

por Vicent Acrata


Muitos colegas devem ter ficado surpresos por meu recente engajamento nas eleições para o diretório acadêmico das ciências sociais, e na minha participação – e de outros anarquistas – na chapa 2, de oposição a atual gestão, defendendo um Cecs de luta e autogestionário. Pretendo ao longo deste pequeno texto colocar as minhas motivações para tal.

No último ano, Porto Alegre viu uma efervescência das manifestações populares de rua. As manifestações contra o aumento da passagem foram lindas, juntando centenas de pessoas, utilizando uma diversidade de táticas e criando o hábito de assembleias horizontais no início e no final de cada ato, através das quais definíamos os rumos do movimento. Ocorreram também as diversas ocupações dos espaços públicos, exigindo que as cidades devem ser feitas para as pessoas e chamando para a discussão os modelos de organização social, como foi o Ocupa Poa e o Largo Vivo. As atividades culturais e aulas públicas na escadaria da Borges, em frente ao Utopia e Luta, e as diversas manifestações que surgiram destes espaços, deram uma agitada no cenário político da cidade. Neste contexto também surge a Defesa Pública da Alegria, grupo ad hoc que debutou protagonizando a já histórica queda do tatu e continua até hoje realizando diversas atividades denunciando a privatização dos espaços públicos. 

Todos estes movimentos citados tiveram duas coisas em comum: primeiro, eles foram organizados totalmente de forma autônoma, sem dirigentes ou dirigidos, com a busca que todxs xs participantes se empoderem do processo e das táticas utilizando, tendo todas as suas decisões feitas em assembleias horizontais e abertas. O segundo ponto que eles tem em comum é que em todos o dito “movimento estudantil”, com suas entidades oficiais representativas, teve uma participação quase, se não totalmente, nula. Somente nos atos contra ao aumento da passagem o nosso diretório teve alguma participação junta ao DCE, e, frente ao pedido do Bloco de afastamento de Rodolfo Mohr devido as suas já clássicas tentativas de se colocar como representante do movimento (o qual ele não participou de nenhuma assembleia) frente a mídia e a polícia, resolveram retirar todo o apoio e participação do Bloco de Luta Pelo Transporte Plúblico. Agora, observem o absurdo da situação: devido a um desentendimento de um superior do partido com toda uma luta de centenas de pessoas as entidades ditas representativas dos estudantes se ausentaram de uma pauta de interesse crucial da classe que eles dizem representar. 

Este exemplo é muito revelador do tipo de atuação do pisitu e do pêssol dentro do mov. estudantil e social em geral: aquilo que eles não conseguem aparelhar totalmente, eles destroem, ou então ignoram magistralmente num primeiro momento, para posteriormente, numa falta de ética terrível, tentarem capitalizar simbolicamente em cima de lutas que eles não participaram (ex o cartaz em referencia ao Defesa Pública da Alegria, grupo que diversos interegrantes da chapa 2 integram, e nenhum da chapa 1...). São os frutos de uma nova geração de aspirantes a políticos profissionais que colocam o marketing como mil vezes superior ao trabalho de base concreto. Acho muito irônico como estes partidos que se pintam como extrema esquerda tem na sua base uma atuação muitas vezes mais reacionária do o próprio pt, atacando todo o sinal de autonomia e empoderamento das bases. 

Não mais. Queremos que o movimento estudantil entre em sintonia real com esta efervescência política e cultural que se passa em Porto Alegre, e por que não dizer, no mundo. Achamos que é dever das entidades estudantis dar suporte, apoio e disponibilizar a sua estrutura para as lutas e atividades culturais protagonizadas por seus estudantes. Como justificar a ausência do diretório das ciências sociais no ato em solidariedade aos Guaranis Kaiowás (e na organização do mesmo), sendo que muitos dos estudantes do curso dedicam suas pesquisas a antropologia indígena, uma das áreas de destaque do nosso curso? Infelizmente o nosso diretório passa longe, como uma bolha isolada do resto da sociedade, das lutas e movimento que a nossa cidade e os nossos colegas experienciam. Quem tem medo da autogestão? Apenas aqueles que não valorizam o processo, a mudança desde a base, e temem perder o controle sobre seus dirigidos. Façamos do estudante uma ameaça novamente sim, mas isto só será possível com o abandono das velhas clivagens que tanto engessam o nosso movimento.

Cada um ensinar um ... pouco de arte !