sábado, 4 de abril de 2015



Por Memória, Verdade e Justiça: 51 Anos do Golpe Empresarial Civil Militar
No dia 1º de Abril, relembramos o início da ditadura de 1964, período no qual enfrentamos um regime autoritário e violento, que coibia os direitos de expressão e manifestação por meio dos fuzis, de choques elétricos e dilacerando os corpos de quem resistia. Período, este, sustentado através do apoio dos grandes empresários nacionais e internacionais, que visavam impedir os avanços sociais que o período populista havia proporcionado, ao mesmo tempo que visavam ampliar ainda mais os próprios lucros, através da corrupção que era censurada muitas vezes até de forma voluntária pelos empresários da mídia. Alterando, assim, a correlação de força e instaurando uma etapa de superexploração das trabalhadoras e dos trabalhadores do país.
A história do Golpe Militar de 64, todas e todos já devem ter em suas mentes, porque vivemos um momento histórico em que as forças progressistas estão rompendo o bloqueio em torno dos crimes cometidos, mas o que vale ressaltar é o caráter imperialista que esta em seu bojo. Golpe forjado com o apoio e orientação dos Estados Unidos da América, em nome da defesa do país contra a Revolução Socialista que tomava o planeta, demonstrou o quão frágil é a democracia representativa burguesa e como ela pode ser colocada de lado quando as contradições de classe se agudizam e o Estado\burguesia tem o seu poder ameaçado.
O momento de reflexão nos leva a questionar a efetividade da democracia que se apresenta hoje. Ainda convivemos com várias das mesmas estruturas que sustentavam o governo militar, como a militarização das polícias que gera a repressão violenta das reivindicações populares, estabelece um clima de guerra interna e mantém as práticas de tortura. Além disso, após o processo de redemocratização se manteve uma situação confortável para a existência e crescimento (ah! o bolo do Delfim Netto) das mesmas elites políticas que geriram a ditadura, reforçando o caráter falso e burguês da democracia atualmente.
A memória e a luta dos companheiros e das companheiras que caíram ao longo dos 21 anos do governo fascista ainda segue viva em nossas mentes e não descansaremos até que os seus assassinos e torturadores sejam condenados por seus crimes contra a humanidade. A democracia, ainda que alegórica, não pode conviver com medo do seu passado ou silêncio sobre as atrocidades do período. E mais, devemos avançar na pauta da desmilitarização das policias e na questão dos direitos humanos nos presídios brasileiros.
Não perdoaremos, nem esqueceremos, cadeia a todos os torturadores e seus cúmplices!
Não Acabou, Tem que Acabar, Nós queremos o fim da Policia Militar!
Tortura, Assassinato, Não Acabou 64!

A Experiência Autogestionária é Revolucionária
CECS Coletivo 2015

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