quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Todos somos CECS


O que faz com que a organização do CECS seja diferente com autogestão?

Achamos que o principal, além de todos poderem participar (terem espaço e abertura para opinarem/proporem/decidirem), é que na autogestão todos podem contribuir para construir o projeto político do Centro Acadêmico, ou seja, ao contrário da maioria das gestões que utiliza a participação como uma forma de mais gente ajudar aquilo que a gestão já pauta, a autogestão quer que a pauta seja construída em coletivo. Logo, o rumo que o Centro Acadêmico toma está na mão de todos, não é um objetivo fixo que devem ser seguido (e muitas vezes ignorado, resultando em falta de envolvimento de outros colegas fora da gestão).
Acreditamos que a descentralização dos espaços é fundamental para isso, no caso do CECS, com o Estatuto aprovado em 2010, a possibilidade que surge são pelo Grupos de Trabalho e Discussão (GTD). O que é um GTD? É um determinado grupo de pessoas que se junta para organizar determinadas discussões e ações a partir de um tema específico. O GTD possibilita que os estudantes participem daquilo que mais os interessa e mais os mobiliza em termos de demandas, sejam elas acadêmicas, profissionais ou políticas.
Fortalecer os GTDs é valorizar uma organização plural e flexível que se adeque as possibilidades e vontades de cada estudante, porém isso não está em contradição com um espaço de articulação, centralização e representação. Contradição há quando utilizamos a representação e não está de acordo com os interesses coletivos, quando se centraliza para poder determinar o que deve e o que não deve ser, ao invés de possibilitar a operacionalização e efetivação de propostas e planejamentos.
Dessa maneira, acreditamos que o CECS pode ser sim horizontal e organizado. Descentralizar espaços de organização e decisão é o que possibilita que todos possam dialogar sobre os caminhos que o movimento estudantil deve seguir. E a articulação dessa diversidade é que possibilita a construção efetiva de uma autogestão, onde a participação não seja um mero acessório de uma gestão e seja o central para a sua realização.
Não queremos com isso desresponsabilizar quem possa vir a ser eleito dessa chapa, é papel fundamental que essas pessoas estejam nos espaços, que auxiliem a articulação, que sejam atuantes para o CECS existir e funcionar. O CECS tem que ser um espaço de troca e divulgação de informações sobre diferentes movimentos no curso assim como das diferentes instâncias que o influenciam (como um centro de informações institucionais), de integração e catalisador de ações sobre as demandas e pautas coletivamente definidas, e isso é papel de todos que concordaram em por em prática essa propostas.

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